Analfabetismo Funcional e Receita Médica: Entenda Por Que Muitos Pacientes Não Conseguem Compreender as Orientações Prescritas
Milhões de brasileiros enfrentam um obstáculo invisível no tratamento médico: a dificuldade de entender a própria receita, mesmo sabendo ler
05/05/2025
2 min ler


A ida ao médico pode representar um alívio momentâneo para muitos pacientes. No entanto, para uma parcela significativa da população, o desafio começa depois da consulta: entender a receita médica. Em um país com altos índices de analfabetismo funcional, isso se torna uma barreira silenciosa — mas perigosa — para o tratamento adequado.
O que é analfabetismo funcional?
O analfabetismo funcional é a incapacidade de compreender, interpretar e aplicar informações simples do dia a dia, mesmo sabendo ler e escrever palavras básicas.
De acordo com dados do Instituto Paulo Montenegro, cerca de 3 em cada 10 brasileiros adultos estão nessa condição.
Isso significa que milhões de pessoas são capazes de ler o nome de um medicamento, mas não conseguem interpretar instruções como “tomar 1 comprimido a cada 8 horas” ou entender o significado de “jejum”, “sublingual” ou “uso contínuo”.
Como isso afeta o entendimento da receita médica?
As receitas médicas geralmente contêm:
Abreviações técnicas (ex: VO, SC, BID, SOS);
Nomes comerciais ou genéricos complexos;
Recomendações de horários, dosagem e duração;
Letra manuscrita nem sempre legível.
Para o paciente funcionalmente analfabeto, tudo isso se transforma em um código indecifrável, o que pode levar a:
Uso incorreto da medicação;
Doses omitidas ou duplicadas;
Abandono precoce do tratamento;
Aumento do risco de efeitos adversos ou falha terapêutica.
Os riscos da má compreensão da prescrição
Erros de medicação estão entre as principais causas de internações evitáveis no Brasil. Muitos desses erros ocorrem por:
Falta de compreensão da posologia;
Troca de medicamentos semelhantes (ex: omeprazol por losartana);
Esquecimento ou interpretação errada dos horários;
Uso de medicamentos fora da validade ou sem controle.
Além disso, pacientes com baixa compreensão de receitas têm mais dificuldade de seguir protocolos de tratamentos crônicos, como diabetes, hipertensão e uso de antibióticos.
Estratégias para melhorar a comunicação com o paciente
Para lidar com esse desafio, profissionais de saúde podem:
Explicar verbalmente cada parte da receita com linguagem simples;
Usar pictogramas (figuras representando ações, como sol/lua para manhã/noite);
Entregar a receita digitada e com letras grandes;
Incentivar o paciente a repetir em voz alta o que entendeu.
Além disso, familiares e cuidadores devem ser incluídos no processo de orientação, especialmente em casos de idosos e pessoas com baixa escolaridade.
Como a tecnologia e ferramentas físicas podem ajudar?
O uso de organizadores de medicamentos com etiquetas coloridas e divisórias por horários é uma solução prática e eficaz.
Aliado a isso, aplicativos de lembrete, áudio explicativo e vídeos curtos podem complementar a orientação médica.
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