Coqueluche: O que é, quais os sintomas e como é feito o tratamento?

Entenda os sinais da coqueluche, como ela se transmite e quais são as opções de tratamento eficazes

31/01/2025

1/31/20255 min ler

O que é a coqueluche?

A coqueluche, frequentemente denominada 'tosse convulsa', representa uma infecção respiratória aguda provocada pela bactéria Bordetella pertussis. Esta patologia é reconhecida por causar episódios severos de tosse, que podem se manifestar de forma paroxística, resultando em dificuldades respiratórias e desconforto intenso. O ciclo de vida da Bordetella pertussis é complexo, envolvendo a colonização das vias aéreas superiores, onde a bactéria adere às células epiteliais, desencadeando uma resposta inflamatória que precipita os sintomas característicos da coqueluche.

Classificada como uma doença extremamente contagiosa, a coqueluche é transmitida principalmente através de gotículas respiratórias liberadas por um paciente infectado durante a tosse ou espirros. A proximidade e o contato direto com indivíduos afetados aumentam significativamente o risco de contágio. Especialmente em ambientes fechados, a propagação da infecção pode ocorrer de maneira rápida e extensa, levando a surtos em comunidades e grupos vulneráveis.

A vacinação se destaca como uma das principais estratégias de prevenção contra a coqueluche. As vacinas, que têm se mostrado eficazes na proteção, estão incluídas em programas de imunização infantil e são fundamentais para reduzir a incidência da doença. Entretanto, a proteção conferida pela vacina pode diminuir com o tempo, o que torna crescentes os casos de coqueluche entre adolescentes e adultos. Em particular, os recém-nascidos, os bebês e aqueles em contato próximo com eles constituem grupos de risco prioritários, já que podem apresentar formas severas da doença, com potencial para resultar em complicações graves.

Sintomas da coqueluche

A coqueluche, também conhecida como tosse convulsa, é uma infecção respiratória causada pela bactéria Bordetella pertussis. Os sintomas da coqueluche se desenvolvem em três estágios distintos, começando com sinais que podem ser facilmente confundidos com os de um resfriado comum. No primeiro estágio, que dura de uma a duas semanas, os pacientes geralmente apresentam coriza, espirros e febre leve. Essa fase inicial é sutil, mas é crucial para o diagnóstico precoce. Nesta fase, o sistema imunológico ainda não desencadeou a resposta adequada à infecção, o que pode levar a um atraso no reconhecimento da doença.

O segundo estágio é conhecido como fase paroxística e é caracterizado por acessos de tosse intensos e repetidos. Esses episódios de tosse podem ser extenuantes e levam a uma sensação de sufocamento, frequentemente resultando em um grito agudo ao final da expiração, que é um dos sinais distintivos da condição. Este estágio pode durar de duas a seis semanas, e a tosse pode ocorrer até mesmo em ataques prolongados, tornando-se particularmente comum à noite e após períodos de atividade física.

Por fim, o último estágio é a fase de convalescença, que pode se estender por semanas ou meses. Durante esta fase, os sintomas começam a melhorar, mas a tosse pode persistir em intensidade e frequência, o que pode ser frustrante para os pacientes. É importante notar que os sintomas da coqueluche podem variar entre adultos e crianças; enquanto os adultos podem apresentar sintomas mais leves, as crianças geralmente sofrem mais devido à intensidade dos acessos de tosse. A compreensão dos sintomas em cada fase é essencial para a detecção e tratamento precoces da coqueluche, prevenindo complicações graves.

Tratamento da Coqueluche

O tratamento da coqueluche, uma infecção bacteriana altamente contagiosa causada pela Bordetella pertussis, é fundamental para a recuperação do paciente e para a redução da transmissão da doença. As opções terapêuticas geralmente envolvem a antibioticoterapia, que é eficaz quando iniciada nos primeiros dias de infecção. Antibióticos como a azitromicina, eritromicina ou claritromicina são frequentemente prescritos, pois não apenas ajudam a aliviar os sintomas, mas também reduzem a duração do período contagioso.

Embora a antibioticoterapia desempenhe um papel importante, o manejo dos sintomas é igualmente essencial. Os antitussígenos podem ser usados para proporcionar algum alívio da tosse severa e persistente, embora a eficácia deles varie de paciente para paciente. Outros cuidados de suporte são críticos, incluindo a promoção da hidratação adequada. A ingestão de líquidos ajuda a evitar a desidratação e a manter as vias respiratórias umidificadas, minimizando a irritação. O repouso também é recomendado, pois permite que o corpo do paciente se recupere da fraqueza causada pela infeção.

Em casos mais graves, especialmente entre crianças pequenas e recém-nascidos, a hospitalização pode ser necessária. A supervisão médica intensiva garante que essas crianças recebam o tratamento adequado e monitoramento contínuo, o que pode incluir oxigenoterapia e fluidos intravenosos. Além disso, é importante ressaltar que a vacinação é a melhor estratégia preventiva contra a coqueluche. A vacina DTPa oferece proteção tanto para os indivíduos vacinados quanto para a comunidade, ajudando a interromper a propagação da doença.

Prevenção da coqueluche

A prevenção da coqueluche é fundamental para garantir a saúde pública, especialmente entre populações vulneráveis, como recém-nascidos e crianças pequenas. A vacinação é uma das principais estratégias para prevenir esta doença, sendo a vacina tríplice bacteriana acelular (DTPa) e a vacina tríplice (DTP) as mais utilizadas. Essas vacinas fornecem imunidade tanto a crianças quanto a adultos, contribuindo significativamente para a redução da incidência de coqueluche.

O calendário de vacinação recomenda que as crianças sejam vacinadas com as doses iniciais da DTPa durante os primeiros meses de vida, geralmente aos 2, 4 e 6 meses. A revacinação é indicada aos 15-18 meses e, em muitos países, uma dose adicional é administrada entre 4 a 6 anos de idade. Para adultos, a vacinação de reforço é recomendada a cada 10 anos, uma medida que ajuda a manter a imunidade ao longo da vida e protegê-los contra a doença.

Além da vacinação, é essencial que as mães sejam vacinadas durante a gravidez. Isso não apenas protege as gestantes, mas também proporciona imunização passiva ao recém-nascido, que ainda estará vulnerável nos primeiros meses de vida. A transferência de anticorpos via placenta reforça a proteção contra coqueluche, garantindo que os bebês tenham uma defesa inicial até que possam receber suas próprias doses de vacina.

Medidas adicionais de saúde pública são igualmente cruciais na prevenção da coqueluche. O isolamento de pacientes diagnosticados é necessário para evitar a disseminação da doença, especialmente em ambientes de atenção à saúde e em locais com aglomerações. A conscientização sobre os sintomas e a importância de buscar tratamento imediato pode ajudar a conter surtos. Assim, a combinação de vacinação em massa e conscientização pública é vital para a prevenção eficaz da coqueluche na comunidade.

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