Brasil falha na vacinação infantil, aponta relatório da Unicef e OMS

O Brasil, que já foi referência mundial em vacinação infantil, voltou a figurar entre os dez países com maior número de crianças não vacinadas, de acordo com relatório divulgado em julho de 2025 pela Unicef e a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Esse retrocesso coloca em risco não apenas a saúde das crianças, mas também a imunidade coletiva, que protege toda a população de surtos de doenças já controladas.

O que mostrou o novo relatório da OMS e Unicef?

O relatório revela que 1,5 milhão de crianças brasileiras ficaram sem receber vacinas essenciais em 2023, como a tríplice bacteriana (DTP), contra difteria, tétano e coqueluche. O Brasil agora divide a preocupante lista com países como Índia, Nigéria, Indonésia, Etiópia e Paquistão.

Entre os dados mais alarmantes está a taxa de "zero dose", ou seja, crianças que não receberam nenhuma vacina — nem mesmo as do primeiro ano de vida. No Brasil, esse número ultrapassou 700 mil crianças, um aumento significativo comparado aos anos anteriores.

Quais os motivos para essa queda na vacinação?

Especialistas apontam diversas causas para esse cenário:

• Desinformação e fake news sobre vacinas;

• Desorganização na Atenção Primária à Saúde, com impacto direto na busca ativa por crianças não vacinadas;

• Falta de campanhas públicas consistentes e de alcance nacional;

• Desigualdade regional, afetando comunidades mais vulneráveis.

Os riscos de um país com baixa cobertura vacinal

Quando a cobertura vacinal cai, doenças já erradicadas ou controladas podem voltar a circular. Isso já aconteceu com o sarampo, que retornou ao Brasil após ser considerado eliminado em 2016.

Além disso, doenças como poliomielite e coqueluche, que ainda circulam em outros países, podem voltar com força se encontrarem uma população desprotegida.

O papel das famílias e profissionais de saúde

Pais, responsáveis e profissionais de saúde precisam estar atentos à caderneta de vacinação das crianças. Manter as vacinas em dia é um ato de amor e responsabilidade coletiva.

Os profissionais da saúde também precisam reforçar o diálogo com as famílias, combatendo a desinformação com empatia, ciência e orientação segura.

Como proteger seu filho e sua comunidade?

📌 Confira a caderneta de vacinação do seu filho ainda hoje
📌 Procure o posto de saúde mais próximo para atualizar as vacinas atrasadas
📌 Confie em fontes confiáveis, como o SUS, OMS, Unicef e portais como o Alerta Saúde

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