Comorbidades: Quando um sintoma simples pode agravar doenças de base

Pacientes com múltiplas comorbidades exigem atenção redobrada no atendimento clínico e laboratorial. Mesmo um sintoma aparentemente simples, como febre, diarreia ou vômito, pode ser o gatilho para descompensar doenças crônicas já existentes — como diabetes, insuficiência cardíaca, DPOC ou hipertensão arterial.

Essa resposta desproporcional do organismo ocorre porque o corpo de um paciente com comorbidades já opera no limite da compensação fisiológica. Qualquer instabilidade — perda de líquidos, infecção, uso inadequado de medicamentos ou erro de conduta — pode levar a desequilíbrios metabólicos graves e necessidade de internação hospitalar.

⚠️ Por que isso acontece?

• O organismo tenta compensar uma condição, mas acaba sobrecarregando outra;

• A resposta inflamatória pode ser exagerada em pacientes fragilizados;

• Interações medicamentosas podem potencializar efeitos adversos;

• O diagnóstico tardio de uma complicação leve agrava o quadro clínico.

🧠 O papel do laboratório e da equipe multiprofissional

Profissionais de saúde devem estar atentos a pequenas variações nos exames laboratoriais, que podem sinalizar desequilíbrios metabólicos precoces. O trabalho conjunto entre médicos, biomédicos e enfermeiros é essencial para identificar descompensações antes que evoluam para situações críticas.

✅ Em Síntese

Quando o paciente apresenta várias comorbidades, nenhum sintoma deve ser subestimado. A vigilância clínica e laboratorial contínua é o que garante detecção precoce, segurança e melhor prognóstico.

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📚 Fonte

NESAN, Ricardo. Boas Práticas Laboratoriais: Você pratica? Canva, 2023.

Em pacientes com comorbidades, nenhum sintoma é simples