Convulsão infantil: o que causa, quando se preocupar e como agir corretamente

Saiba o que fazer diante de uma convulsão infantil. Entenda as causas mais comuns, os sinais de alerta e as atitudes corretas durante e após uma crise convulsiva em crianças

29/06/2025

3 min ler

🚨 O susto: por que a convulsão infantil assusta tanto?

Ver uma criança tendo uma convulsão é, sem dúvida, uma das situações mais assustadoras para pais, cuidadores e professores. Movimentos involuntários, olhos virando, rigidez muscular e perda de consciência causam pânico imediato, mas nem toda convulsão significa epilepsia ou um problema neurológico grave.

📌 A boa notícia é que, na maioria dos casos, a convulsão em crianças tem causas benignas e transitórias, como febre alta, e pode ser tratada com o acompanhamento médico adequado.

🔍 O que é uma convulsão?

Uma convulsão é uma descarga elétrica anormal e excessiva no cérebro, que interfere temporariamente na função cerebral normal.

Essa descarga pode causar:

  • Movimentos bruscos e descontrolados dos braços e pernas;

  • Perda de consciência;

  • Respiração irregular;

  • Olhos virados ou fixos;

  • Salivação excessiva.

🌡️ Causas mais comuns de convulsão em crianças

As convulsões infantis podem ter diversas causas, mas entre as mais frequentes estão:

1. Convulsão febril

  • Ocorre entre 6 meses e 5 anos de idade;

  • Relacionada à elevação rápida da temperatura corporal (geralmente acima de 38,5 °C);

  • Dura menos de 5 minutos;

  • Não deixa sequelas.

⚠️ É a causa mais comum de convulsões em crianças saudáveis.

2. Epilepsia

  • Condição crônica caracterizada por crises convulsivas recorrentes;

  • Exige diagnóstico neurológico e uso de medicação anticonvulsivante.

3. Infecções

  • Meningite, encefalite e infecções virais agudas podem afetar o cérebro e provocar crises.

4. Desequilíbrio eletrolítico ou hipoglicemia

  • Falta de sódio, potássio, cálcio ou glicose pode desencadear atividade cerebral anormal.

5. Traumas cranianos

  • Batidas fortes na cabeça, com ou sem fratura, podem desencadear convulsões.

6. Causas genéticas, metabólicas ou estruturais

  • Alterações raras no desenvolvimento cerebral ou no metabolismo também podem estar envolvidas.

⚠️ Quando se preocupar?

Nem toda convulsão é grave, mas há situações em que a avaliação médica imediata é obrigatória:

  • Primeira crise da criança;

  • Crise com duração superior a 5 minutos;

  • Vômito, rigidez prolongada ou dificuldade para respirar;

  • Convulsões que se repetem no mesmo dia;

  • História de trauma recente;

  • Criança não volta ao estado normal após 30 minutos.

✅ O que fazer durante uma convulsão infantil?

  1. Mantenha a calma (isso ajuda a agir com segurança);

  2. Deite a criança de lado, em superfície segura;

  3. Apoie a cabeça com algo macio;

  4. Afaste objetos próximos que possam causar lesões;

  5. Não coloque nada na boca da criança;

  6. Não tente segurar os movimentos;

  7. Cronometre a duração da crise;

  8. Após a crise, mantenha a criança deitada até que recupere a consciência.

👉 Chame o SAMU (192) se a convulsão durar mais de 5 minutos ou se for a primeira vez.

🧠 Convulsão febril: vai voltar? Deixa sequelas?

Na maioria das vezes, a convulsão febril é um evento único e benigno. Apenas cerca de 30% das crianças terão uma segunda crise, e uma pequena parte desenvolverá epilepsia no futuro — especialmente se houver histórico familiar ou crises atípicas.

Não causa danos cerebrais, não atrasa o desenvolvimento e não deixa sequelas.

🛡️ Como prevenir?

  • Controle a febre assim que ela surgir (paracetamol, dipirona, banho morno);

  • Evite agasalhos excessivos durante quadros febris;

  • Siga corretamente o calendário de vacinas;

  • Mantenha hidratação e alimentação adequadas;

  • Consulte regularmente o pediatra, especialmente após a primeira crise.

🧭 Em Síntese

A convulsão infantil assusta, mas pode ser um evento pontual e tratável. Saber agir corretamente faz toda a diferença na segurança da criança e na tranquilidade da família.

O mais importante é: não ignorar, não se desesperar e buscar avaliação médica especializada sempre que houver dúvidas.

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