Dengue e Plaquetas Baixas: Por Que a Contagem Demora a se Recuperar?

Entenda como a dengue afeta a produção de plaquetas, por que a recuperação pode demorar e quais cuidados ajudam a evitar complicações graves

04/05/2025

3 min ler

A dengue é uma das infecções virais mais prevalentes no Brasil e, além da febre alta e dores no corpo, uma das consequências mais temidas é a queda acentuada das plaquetas no sangue. Mas mesmo após a melhora dos sintomas, muitos pacientes se perguntam: por que as plaquetas demoram tanto a subir novamente?

Neste artigo, entenda como a dengue afeta o sistema hematológico, o papel das plaquetas na defesa do corpo e os motivos para a recuperação lenta — além de saber o que realmente funciona na fase de recuperação.

O que são plaquetas e por que elas caem na dengue?

As plaquetas, ou trombócitos, são células sanguíneas responsáveis pela coagulação do sangue. Elas agem como “soldados de emergência”, ajudando a conter sangramentos ao formar tampões em vasos danificados.

Na dengue, o vírus ataca diretamente a medula óssea, que é a fábrica natural de células do sangue. Isso reduz temporariamente a produção de plaquetas. Além disso:

  • destruição periférica de plaquetas pelo sistema imune;

  • Aumenta a permeabilidade vascular, levando à diluição sanguínea;

  • Algumas plaquetas são retidas ou sequestradas no baço.

Tudo isso resulta em plaquetopenia, que pode ser leve, moderada ou grave — especialmente nos casos de dengue hemorrágica.

Quando as plaquetas começam a cair?

Geralmente, a contagem de plaquetas começa a cair por volta do 3º ao 5º dia após o início da febre. O ponto mais crítico costuma ocorrer entre o 5º e o 7º dia, período em que há maior risco de complicações hemorrágicas.

Atenção especial deve ser dada quando as plaquetas caem abaixo de 100.000/mm³, e risco aumentado de sangramento em casos abaixo de 50.000/mm³.

Por que a contagem de plaquetas demora para se recuperar?

Mesmo após o desaparecimento dos sintomas (febre, dor, prostração), o organismo ainda está:

  • Combatendo o vírus residual no sangue;

  • Tentando reorganizar a produção normal da medula óssea;

  • Corrigindo danos vasculares e inflamatórios;

  • Em estado de convalescença, exigindo repouso e hidratação.

Por isso, em muitos casos, a recuperação da contagem de plaquetas só acontece gradualmente, ao longo de 7 a 14 dias após o início da infecção.

O que realmente ajuda na recuperação das plaquetas?

Embora sucos e chás naturais (como folha de mamão, suco de goiaba e beterraba) sejam populares, não há evidência científica robusta de que eles acelerem a recuperação.

As recomendações médicas mais eficazes incluem:

  • Hidratação intensiva com água e sais minerais;

  • Repouso absoluto, especialmente durante o período crítico;

  • Monitoramento médico diário com hemograma;

  • Alimentação rica em proteínas, ferro e vitaminas do complexo B;

  • Uso de medicamentos apenas com orientação (evitar AAS e anti-inflamatórios).

A transfusão de plaquetas é indicada apenas em casos graves, quando há risco de sangramento ativo e plaquetas <10.000/mm³.

Quando se preocupar e procurar ajuda?

Procure atendimento médico imediato se houver:

  • Sangramento nasal ou gengival;

  • Manchas vermelhas na pele (petéquias);

  • Vômitos com sangue ou fezes escuras;

  • Dor abdominal intensa ou tontura;

  • Queda progressiva das plaquetas mesmo após o 7º dia.

Em Síntese

A recuperação das plaquetas após a dengue é um processo natural e pode ser mais lento do que os sintomas aparentes indicam.
Respeitar o tempo do corpo e seguir as orientações médicas é essencial para evitar complicações e garantir uma recuperação completa.

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Recuperação lenta das plaquetas na dengue