Embolia Pulmonar Gordurosa: Entenda Como a Gordura Pode Ser Fatal
Conheça as causas, sintomas e tratamentos da embolia pulmonar gordurosa, uma condição rara, porém potencialmente letal
08/08/2025
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A embolia pulmonar gordurosa (EPG) é uma condição rara, mas potencialmente fatal, que ocorre quando glóbulos de gordura entram na corrente sanguínea e bloqueiam vasos dos pulmões. Embora não seja tão conhecida quanto a embolia por coágulos sanguíneos, a EPG exige atenção urgente, pois pode evoluir rapidamente e colocar a vida do paciente em risco.
O que é e como acontece
A EPG normalmente ocorre após fraturas de ossos longos, como fêmur e tíbia, ou em casos de traumas graves. Isso porque a medula óssea — rica em gordura — pode liberar pequenas partículas para a circulação. Essas gotículas de gordura viajam pelo sistema venoso e acabam chegando aos pulmões, onde bloqueiam a passagem de sangue, comprometendo a oxigenação do corpo.
Além de traumas ortopédicos, a condição também pode aparecer em:
Cirurgias ortopédicas, especialmente na colocação de próteses;
Queimaduras extensas;
Pancreatite grave;
Procedimentos estéticos invasivos, como lipoaspiração;
Doenças metabólicas raras.
Sintomas: sinais que não podem ser ignorados
A embolia pulmonar gordurosa pode se manifestar de forma súbita ou gradual, geralmente dentro de 24 a 72 horas após o evento desencadeante. Os sintomas mais comuns incluem:
Falta de ar intensa e repentina;
Dor torácica;
Confusão mental ou alterações neurológicas;
Taquicardia (batimentos acelerados);
Manchas vermelhas na pele, especialmente no tronco e nas axilas (petéquias).
A presença simultânea de problemas respiratórios, alterações neurológicas e manchas na pele é chamada tríade clássica da EPG, embora nem todos os pacientes apresentem todos os sinais.
Diagnóstico e desafios
O diagnóstico de EPG não é simples, já que os sintomas podem ser confundidos com outras condições, como pneumonia ou tromboembolismo pulmonar. Exames de imagem, como tomografia computadorizada de tórax, auxiliam na investigação, mas muitas vezes o diagnóstico é feito com base no histórico do paciente e no conjunto de sinais clínicos.
Tratamento e prevenção
Não existe um tratamento específico que “dissolva” o êmbolo gorduroso. O manejo é feito com suporte intensivo, garantindo oxigenação adequada e estabilidade hemodinâmica do paciente. Em alguns casos, é necessário o uso de ventilação mecânica.
A prevenção é a chave, especialmente em pacientes com alto risco:
Imobilizar fraturas rapidamente;
Evitar manipulação excessiva de ossos longos durante cirurgias;
Monitorar atentamente pacientes submetidos a grandes procedimentos ortopédicos ou estéticos.
Por que falar sobre isso é importante
A falta de conhecimento sobre a EPG pode atrasar o diagnóstico e, consequentemente, reduzir as chances de sobrevivência. Informar profissionais de saúde, pacientes e familiares sobre os riscos e sinais de alerta é fundamental para salvar vidas.
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