Enxaqueca e sono: como a má qualidade do descanso pode ser tanto um gatilho quanto uma consequência da doença

A enxaqueca é uma das condições neurológicas mais incapacitantes do mundo, afetando milhões de pessoas em todas as idades. Entre os diversos fatores que influenciam as crises, a qualidade do sono ocupa um papel central. Dormir mal não só aumenta a probabilidade de ataques de enxaqueca, como também pode ser uma consequência direta da própria doença.

A ligação entre enxaqueca e sono

Estudos clínicos comprovam que pessoas com enxaqueca apresentam maior prevalência de distúrbios do sono, como insônia, apneia e despertares frequentes. Da mesma forma, noites mal dormidas estão entre os gatilhos mais comuns para crises dolorosas. Isso cria um ciclo vicioso: a enxaqueca atrapalha o sono e o sono ruim aumenta a frequência das crises.

Por que o sono é tão importante?

Durante o sono profundo, o corpo regula funções essenciais como:

• Liberação de neurotransmissores que equilibram dor e humor;

• Redução da inflamação, importante no controle da sensibilidade à dor;

• Recuperação física e mental, fundamental para prevenir gatilhos neurológicos.

Quando esse processo é interrompido, o sistema nervoso fica mais vulnerável e predisposto às crises de enxaqueca.

Principais gatilhos relacionados ao sono

• Dormir menos de 6 horas ou mais de 9 horas por noite;

• Alterações bruscas na rotina de sono (como virar a noite);

• Apneia do sono e roncos frequentes;

• Uso excessivo de telas e luz azul antes de dormir.

Estratégias para melhorar o sono e reduzir crises

• Mantenha horários regulares para deitar e acordar;

• Evite cafeína e álcool nas horas que antecedem o sono;

• Pratique higiene do sono: quarto escuro, silencioso e arejado;

• Faça acompanhamento médico: neurologistas e especialistas do sono podem indicar terapias personalizadas.

Em Síntese

O sono de má qualidade é, ao mesmo tempo, gatilho e consequência da enxaqueca. Entender essa relação é essencial para quebrar o ciclo de dor e melhorar a qualidade de vida. Investir em hábitos de sono saudáveis e buscar acompanhamento médico são passos fundamentais para quem convive com a doença.

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