Erro Médico: Quais os Verdadeiros Motivos por Trás dos Casos?

Muito Além da Falha Humana: Os Verdadeiros Motivos por Trás dos Erros Médicos

22/04/2025

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O Que Realmente É um Erro Médico?

O erro médico ocorre quando um profissional da saúde age com imprudência, negligência ou imperícia, resultando em dano ao paciente. No entanto, nem todo desfecho negativo significa, de fato, erro — e nem todo erro decorre de má-fé ou descuido proposital.

O debate sobre o tema exige profundidade, pois envolve fatores humanos, estruturais, éticos e até legais. Entender os verdadeiros motivos por trás desses eventos é o primeiro passo para preveni-los e promover uma medicina mais segura.

Os Três Pilares do Erro: Imprudência, Negligência e Imperícia

Esses são os termos jurídicos mais usados quando se trata de responsabilizar um profissional da saúde:

  • Imprudência: Ação precipitada, como prescrever sem avaliar exames;

  • Negligência: Omissão, como deixar de monitorar um paciente em estado crítico;

  • Imperícia: Falta de conhecimento técnico, como aplicar um procedimento sem preparo adequado.

Esses erros podem acontecer em qualquer área médica, desde a atenção básica até cirurgias complexas.

Fatores Estruturais e Sistêmicos: A Falha Não É Só Pessoal

Muitas vezes, o erro não está apenas na conduta do profissional, mas no sistema como um todo:

  • Sobrecarga de trabalho e plantões exaustivos;

  • Falta de estrutura adequada ou recursos hospitalares;

  • Ausência de protocolos clínicos padronizados;

  • Problemas de comunicação entre equipe multidisciplinar;

  • Pressões institucionais por produtividade ou metas

Ou seja, culpar apenas o médico nem sempre é justo ou eficaz. O foco deve ser na melhoria do sistema de saúde como um todo.

Comunicação Falha: Um Gatilho Subestimado

Boa parte dos processos judiciais por erro médico nasce da falta de diálogo claro entre profissional e paciente. Explicações incompletas, linguagem técnica excessiva ou até falta de empatia podem gerar desconfiança, insatisfação e, posteriormente, judicialização.

Humanizar o atendimento e garantir um consentimento informado bem estruturado são práticas que reduzem esse risco.

A Difícil Linha Entre Complicação e Erro

É importante diferenciar erro médico de complicações ou efeitos adversos previstos, mesmo que indesejados. Por exemplo, uma hemorragia durante uma cirurgia pode ocorrer mesmo com todos os cuidados — e não necessariamente significa erro.

Por isso, o acompanhamento médico contínuo, a documentação precisa e o preparo para lidar com imprevistos são indispensáveis.

Como a Legislação Enxerga o Erro Médico?

A legislação brasileira, especialmente o Código Civil, Código de Ética Médica e decisões jurisprudenciais, trata o erro médico sob a ótica da responsabilidade civil. Ou seja: o paciente precisa comprovar que houve falha e que ela resultou em dano.

Cada vez mais, o Judiciário exige provas técnicas robustas e laudos periciais detalhados, tornando essencial a atuação de especialistas tanto na defesa quanto na acusação.

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