Hepatite D é classificada pela OMS como doença com potencial cancerígeno

OMS alerta: coinfecção pelo vírus da Hepatite D aumenta risco de câncer de fígado e exige atenção redobrada à prevenção

12/08/2025

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) elevou a hepatite D (Delta) à mesma categoria das hepatites B e C como doença com potencial cancerígeno. Essa decisão foi anunciada pela Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC).

O que isso significa?

  • A hepatite D só afeta pessoas já infectadas pelo vírus da hepatite B (HBV), intensificando os riscos associados à infecção;

  • A infecção por HDV (vírus da hepatite D) multiplica de duas a seis vezes o risco de câncer de fígado (carcinoma hepatocelular), em comparação à hepatite B isolada;

  • As hepatites B, C e D podem evoluir para formas crônicas, levando a cirrose, insuficiência hepática e câncer de fígado, provocando mais de 1,3 milhão de mortes por ano e afetando mais de 300 milhões de pessoas em todo o mundo.

Importância da reclassificação

Incluir a hepatite D como cancerígena representa um avanço decisivo para a saúde pública, pois:

  • Aumenta a visibilidade da doença, antes considerada marginal e muitas vezes esquecida;

  • Impulsiona a ampliação dos testes para HDV em pacientes com HBV, vacinação contra hepatite B — principal medida preventiva indireta — e investimento em novas terapias;

  • Serve como alerta urgente para a integração dos serviços de hepatite nos sistemas nacionais de saúde, da prevenção ao tratamento.

Caminhos para prevenção e controle

  1. Vacinação contra hepatite B: principal barreira para impedir a infecção por HDV e seus efeitos mais graves;

  2. Rastreamento e diagnóstico precoce: essenciais para pessoas com hepatite B, especialmente nas regiões com maior coinfecção (como áreas da Amazônia);

  3. Monitoramento regular: ultrassom e marcadores como alfa-fetoproteína são recomendados a cada três meses para detecção precoce de complicações;

  4. Desenvolvimento de terapias: embora existam drogas eficazes para hepatites B (controle) e C (cura), o tratamento ideal para hepatite D ainda está em evolução.

Em Síntese

A inclusão da hepatite D na lista de doenças cancerígenas pela OMS eleva o patamar da atenção à saúde hepática. Essa reclassificação abre espaço para políticas de prevenção mais eficazes e amplia o monitoramento em pacientes coinfectados, especialmente em regiões endêmicas.

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A melhor forma de prevenir a infecção é se vacinar contra a Hepatite B, que bloqueia o avanço do vírus da Hepatite D.


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