Nova diretriz médica reduz para 35 anos a idade de início do rastreamento do diabetes tipo 2
Especialistas recomendam iniciar o exame de rastreamento do diabetes tipo 2 mais cedo para aumentar a prevenção e o diagnóstico precoce
09/08/2025
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A Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) publicou uma nova diretriz em 2025, que altera a idade mínima para iniciar o rastreamento do diabetes tipo 2 (DM2): a partir de agora, todos os adultos com 35 anos ou mais devem ser examinados, independentemente de apresentarem ou não fatores de risco.
Por que essa mudança?
Dados clínicos indicam que a prevalência do DM2 tem aumentado entre adultos mais jovens, principalmente devido a fatores como obesidade, sedentarismo e mudanças no estilo de vida. Essas alterações contribuem para possíveis elevações da glicose, mesmo antes dos 40 anos. A atualização segue a tendência internacional e já era recomendada anteriormente pela Associação Americana de Diabetes (ADA).
E para quem tem menos de 35 anos?
Adultos com idade entre 18 e 34 anos ainda podem ser rastreados — desde que apresentem sobrepeso ou obesidade associados a pelo menos um fator de risco adicional, como:
histórico familiar de diabetes tipo 2;
hipertensão;
colesterol HDL baixo ou triglicerídeos elevados;
síndrome dos ovários policísticos (SOP);
presença de acantose nigricans;
antecedentes de pré-diabetes ou diabetes gestacional;
sedentarismo, entre outros.
E as crianças e adolescentes?
O rastreamento também foi expandido para crianças e adolescentes com sobrepeso ou obesidade, recomendando-se exames a partir dos 10 anos de idade ou após o início da puberdade, especialmente se houver fatores de risco.
Quais exames devem ser feitos?
A diretriz reforça que os testes padrão — glicemia de jejum e hemoglobina glicada (HbA1c) — devem ser realizados juntos como triagem inicial. Se ambos estiverem nos critérios diagnósticos (glicemia ≥ 126 mg/dL ou HbA1c ≥ 6,5 %), não há necessidade de exames adicionais. Caso apenas um esteja elevado, recomenda-se repetir os testes para confirmação.
Prazos para repetição de exames
Baixo risco e exames normais: repetir triagem a cada 3 anos;
Pré-diabetes ou múltiplos fatores de risco: reavaliação anual;
Alteração em um dos exames: repetir em até 6 meses.
Em Síntese
A nova diretriz da SBD representa um avanço significativo na detecção precoce do diabetes tipo 2 no Brasil. Ao antecipar o rastreamento para os 35 anos, a iniciativa busca identificar a doença de forma mais precoce, aumentando as chances de prevenção e controle eficazes.
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