Por que os Fabricantes Recomendam Procedimentos que Muitos Profissionais de Laboratório Ainda Não Cumprem?
Entenda por que seguir as orientações do fabricante é essencial para assegurar resultados confiáveis e evitar erros na rotina do laboratório
10/11/2025
2 min ler


Quando falamos de qualidade laboratorial, um dos pilares mais importantes é a aderência às orientações do fabricante dos reagentes, coletores, equipamentos e sistemas de análise. São essas instruções que garantem que cada exame seja realizado dentro de um padrão técnico seguro, capaz de gerar resultados confiáveis e reprodutíveis.
No entanto, na rotina do laboratório, não é raro ver profissionais que não seguem essas recomendações — seja por hábito, falta de treinamento, pressa ou pelo tradicional “sempre fiz assim”.
E é justamente esse comportamento que compromete a qualidade diagnóstica e aumenta o risco de erro laboratorial.
🔍 Por que seguir as orientações do fabricante é tão importante?
As instruções de uso são baseadas em:
Ensaios de validação;
Controle de performance;
Estudos de estabilidade;
Limites de reatividade e interferência;
Ensaios de segurança.
Ou seja: não são opiniões.
São dados técnicos e científicos, desenvolvidos para garantir a máxima precisão dos exames.
Quando o profissional “faz do jeito dele”, o resultado pode perder:
Acurácia;
Sensibilidade;
Especificidade;
Reprodutibilidade.
O que isso significa na prática?
A interpretação médica pode ser prejudicada.
⚠️ Por que alguns profissionais ainda não cumprem as recomendações?
A soma disso tudo abre espaço para o famoso “jeitinho”, que pode até agilizar o processo momentaneamente, mas cobra seu preço em retrabalho, recoletas e riscos ao paciente.
🧪 Impactos diretos na segurança e na qualidade dos exames
Quando as recomendações não são seguidas, podemos ver:
Hemólise por técnica inadequada;
Resultados falsos ou alterados;
Recoletas desnecessárias;
Risco ocupacional para o profissional;
Perda de credibilidade do laboratório.
📌 No fim, quem sofre é o paciente e a imagem do serviço.
🏥 Como corrigir esse cenário no laboratório?
1. Atualização de POPs
Revisar procedimentos baseados na RDC 786/2023 e nos manuais técnicos.
2. Treinamento contínuo
Reciclagem não é luxo — é obrigação da qualidade.
3. Auditorias internas frequentes
Para verificar se o processo é realmente cumprido na bancada.
4. Cultura de segurança e não de culpa
Erro corrigido é aprendizado.
Erro escondido é risco.
💬 Em Síntese
Cumprir as orientações dos fabricantes não é burocracia.
É qualidade, biossegurança e responsabilidade diagnóstica.
O laboratório não é lugar para improviso.
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📚 Fontes
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA). RDC nº 786/2023 — Boas Práticas em Serviços de Análises Clínicas e Anatomia Patológica. Brasília, DF, 2023.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE ANÁLISES CLÍNICAS (SBAC). Manual de Boas Práticas Laboratoriais. São Paulo, 2022.
WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Guidelines on Good Clinical Laboratory Practice. Geneva: WHO, 2021.
NESAN, Ricardo. Boas Práticas Laboratoriais: Você Pratica? Belém: Canva, 2023.
Manual não é sugestão — é padrão de qualidade



