Pré-diabetes: o que significa ser pré-diabético na prática?

Pré-diabetes: sintomas, riscos e como agir a tempo para evitar o diabetes tipo 2

02/12/2025

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A pré-diabetes é uma condição em que os níveis de glicose no sangue estão acima do normal, mas ainda não atingem os critérios diagnósticos para diabetes tipo 2. É um importante sinal de alerta de que o corpo já apresenta resistência à insulina e dificuldade em controlar a glicemia — indicando que é hora de agir para evitar a progressão da doença.

A boa notícia? A pré-diabetes é totalmente reversível quando identificada a tempo, especialmente com mudanças de estilo de vida, acompanhamento profissional e monitoramento adequado.

O que é pré-diabetes?

A pré-diabetes é diagnosticada quando os resultados de exames apresentam:

  • Glicemia de jejum: entre 100 e 125 mg/dL;

  • Hemoglobina glicada (HbA1c): entre 5,7% e 6,4%;

  • TOTG (curva glicêmica): glicemia entre 140 e 199 mg/dL após 2 horas.

Esses valores indicam que o corpo já está perdendo a eficiência de usar a insulina corretamente.

Por que a pré-diabetes acontece?

A causa principal é a resistência à insulina, quando as células deixam de responder adequadamente ao hormônio responsável por colocar a glicose para dentro delas.

Fatores de risco:

  • Excesso de peso, principalmente gordura abdominal;

  • Sedentarismo;

  • Histórico familiar de diabetes;

  • Idade acima de 40 anos;

  • Síndrome metabólica;

  • Hipertensão e dislipidemia;

  • Má alimentação (excesso de açúcar e ultraprocessados).

Sinais e sintomas: como identificar?

Muitas pessoas com pré-diabetes não apresentam sintomas, o que aumenta o risco de evolução para diabetes sem perceber.

Quando presentes, os sinais podem incluir:

  • Aumento da sede;

  • Aumento da fome;

  • Cansaço frequente;

  • Aumento da vontade de urinar;

  • Ganho de peso, especialmente abdominal;

  • Manchas escuras na pele (acantose nigricans).

Pré-diabetes pode virar diabetes tipo 2?

Sim. Sem intervenção adequada, até 70% das pessoas com pré-diabetes podem evoluir para diabetes tipo 2 nos próximos anos.

Porém, com diagnóstico precoce e mudanças no estilo de vida, é possível reverter totalmente o quadro.

Como tratar e reverter a pré-diabetes?

A reversão é possível — e os estudos mostram que pequenas mudanças fazem grande diferença.

1. Alimentação equilibrada

  • Reduzir açúcares simples e ultraprocessados;

  • Aumentar fibras (frutas, legumes, verduras, cereais integrais);

  • Controlar porções;

  • Preferir proteínas magras e gorduras boas.

2. Atividade física regular

  • Pelo menos 150 minutos por semana;

  • Combinar exercícios aeróbicos e musculação;

  • Começar devagar para quem está sedentário.

3. Controle do peso

Perder 5% a 7% do peso corporal reduz drasticamente o risco de desenvolver diabetes.

4. Sono adequado

Dormir mal aumenta a resistência à insulina.

5. Redução do estresse

Níveis altos de cortisol favorecem a hiperglicemia.

6. Acompanhamento médico e laboratorial

  • Glicemia;

  • HbA1c;

  • Perfil lipídico;

  • Função renal;

  • Controle da pressão arterial.

Quando o medicamento é indicado?

Alguns pacientes podem se beneficiar de medicamentos como a metformina, especialmente quando:

  • Há histórico de diabetes na família;

  • IMC está acima de 35;

  • Glicemia está muito próxima do limite do diabetes;

  • Há síndrome metabólica.

A indicação deve ser feita por médico.

Consequências de não tratar a pré-diabetes

Ignorar o quadro pode levar a:

  • Diabetes tipo 2;

  • Doença cardiovascular;

  • Infarto e AVC;

  • neuropatia periférica;

  • Doença renal crônica;

  • Problemas oculares;

  • Obesidade severa.

Por isso, o diagnóstico precoce é essencial.

Pré-diabetes tem cura?

Sim! Com acompanhamento e mudanças de hábitos, é possível normalizar completamente a glicemia e impedir a evolução da doença.

A reversão inclui:

  • perda de peso;

  • alimentação saudável;

  • exercícios;

  • redução da resistência à insulina;

  • exames regulares.

Em Síntese

A pré-diabetes é um alerta importante — e ignorá-la aumenta o risco de desenvolver diabetes tipo 2 e complicações sérias. A boa notícia é que essa fase é reversível, desde que haja acompanhamento profissional e mudanças consistentes de estilo de vida.

Prevenir sempre será melhor do que tratar.

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