VDRL alto em recém-nascido: o que significa e por que investigar a mãe imediatamente
A presença de titulação elevada no VDRL de recém-nascidos pode indicar sífilis congênita e exige investigação imediata da mãe para diagnóstico e tratamento adequado
21/07/2025
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Quando um recém-nascido apresenta titulação alta no exame VDRL (Venereal Disease Research Laboratory), isso é um indicativo de possível sífilis congênita, uma infecção transmitida da mãe para o bebê durante a gestação. O achado laboratorial exige atenção imediata: quanto mais alta a titulação, maior a chance de infecção ativa.
A sífilis é uma IST (infecção sexualmente transmissível) causada pela bactéria Treponema pallidum, e sua presença no recém-nascido geralmente indica que a infecção não foi tratada adequadamente durante a gestação — ou que o tratamento foi feito tardiamente. Mesmo mães com tratamento pré-natal regular podem apresentar falhas no seguimento clínico-laboratorial, o que justifica a importância de uma investigação minuciosa da mãe.
Por que o VDRL é importante?
O VDRL é um teste não treponêmico que detecta anticorpos inespecíficos contra a infecção. No caso do recém-nascido, o exame é útil para comparar com os títulos maternos:
Se o título do bebê for quatro vezes maior que o da mãe, isso indica infecção congênita;
A presença de sintomas clínicos também reforça o diagnóstico: lesões cutâneas, fígado aumentado, anemia, icterícia, entre outros.
Da maternidade à investigação
Ao detectar uma titulação alta no RN, a equipe médica deve:
Avaliar o histórico de tratamento da mãe;
Solicitar testes confirmatórios (como FTA-Abs ou TPHA);
Investigar complicações no bebê (exames de imagem, líquor, hemograma etc.);
Iniciar o tratamento imediato com penicilina, mesmo antes da confirmação, para evitar sequelas irreversíveis.
Em Síntese
A sífilis congênita é uma condição evitável, mas que continua sendo um problema de saúde pública no Brasil. A detecção de títulos elevados no VDRL neonatal exige ação rápida e investigação materna completa, pois o diagnóstico precoce e o tratamento adequado salvam vidas e evitam sequelas neurológicas e sistêmicas graves.
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