Xarope de Milho ou Açúcar de Cana: Qual é Mais Prejudicial à Saúde?
Entenda os riscos do xarope de milho e do açúcar de cana para sua saúde e saiba qual deles evitar
23/07/2025
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Entenda as diferenças, os riscos ocultos e o impacto metabólico desses dois açúcares populares
No mundo moderno da alimentação ultraprocessada, dois tipos de açúcar dominam silenciosamente as prateleiras dos supermercados e os rótulos dos alimentos industrializados: o xarope de milho com alto teor de frutose (HFCS – High Fructose Corn Syrup) e o tradicional açúcar da cana-de-açúcar (sacarose). Ambos são amplamente utilizados pela indústria alimentícia por sua capacidade de adoçar, conservar e baratear a produção — mas qual deles representa um risco maior para a saúde?
A resposta, embora complexa, aponta para um claro vilão: o xarope de milho com alto teor de frutose. A seguir, veja por quê.
O que é o xarope de milho com alto teor de frutose?
O xarope de milho HFCS é um adoçante líquido feito do amido do milho e processado para aumentar a concentração de frutose. Ele é mais barato que a sacarose, tem maior poder adoçante e é amplamente utilizado em refrigerantes, sucos industrializados, pães, molhos prontos, bolachas e cereais matinais.
Composição típica:
HFCS-55: cerca de 55% frutose e 45% glicose (comum em bebidas);
HFCS-42: 42% frutose e 58% glicose (usado em alimentos sólidos)
Açúcar da cana-de-açúcar: o “açúcar comum”
O açúcar da cana, ou sacarose, é um dissacarídeo formado por uma molécula de glicose e uma de frutose ligadas quimicamente. É o açúcar de mesa utilizado em casa, presente em bolos, doces e sobremesas caseiras.
O impacto no metabolismo: por que a frutose isolada é mais perigosa?
Ambos os açúcares contêm frutose, mas a forma como ela é apresentada no organismo faz diferença. No HFCS, a frutose está livre e isolada, sendo rapidamente absorvida pelo fígado, que a transforma em triglicerídeos (gordura). Esse processo contribui para:
Esteatose hepática (gordura no fígado);
Resistência à insulina;
Aumento do LDL oxidado (colesterol ruim);
Inflamação crônica;
Maior risco de diabetes tipo 2 e obesidade visceral.
Já a frutose presente na sacarose é absorvida de forma ligeiramente mais lenta, o que reduz — mas não elimina — os impactos negativos.
Riscos à saúde: Xarope de milho é mais insidioso
Estudos indicam que o consumo regular de HFCS:
Estimula o apetite mais do que o açúcar da cana;
Diminui a saciedade, favorecendo o consumo exagerado;
Está associado à “síndrome metabólica” — conjunto de distúrbios como obesidade abdominal, pressão alta e alteração nos lipídios;
Aumenta o risco de gota e doenças cardiovasculares.
Além disso, ele está presente em produtos industrializados que muitas vezes passam despercebidos, como ketchup, pão de forma, barras de cereais e iogurtes.
Mas e o açúcar da cana? Ele também não faz mal?
Sim. O açúcar da cana, quando consumido em excesso, também leva ao ganho de peso, flutuações glicêmicas, cáries, resistência à insulina e aumento do risco de diabetes tipo 2. A diferença é que ele geralmente é usado em menor quantidade e não está “escondido” em tantos produtos quanto o HFCS.
Em Síntese: qual é o pior?
O xarope de milho com alto teor de frutose é mais nocivo por ser mais presente em produtos ultraprocessados, estar “escondido” em alimentos do dia a dia e provocar respostas metabólicas mais agressivas. Porém, o verdadeiro problema está no consumo exagerado de qualquer tipo de açúcar.
Como reduzir os danos?
Leia os rótulos: fuja de termos como "xarope de glucose-frutose", "açúcar invertido", "maltodextrina" e "HFCS";
Reduza o consumo de produtos ultraprocessados;
Prefira alimentos naturais e adoçantes naturais como stévia ou eritritol;
Evite refrigerantes e sucos industrializados;
Adoce menos o café e evite sobremesas todos os dias.
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